segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Mãe, te amo

...
ta bom mãe, vou ter que desligar.
- beijo,
- beijo
te amo.
também te amo.

e assim desligamos o telefone.
são confidencias, segredos, gentilezas
coisas que depois de grande eu aprendi dar a ela
e a receber também.

Ela mudou,  e eu mudei junto.
Mudamos para melhor.
Para mais carinho, mais amor, mais paciencia, mais risos.
Mais tempo.

Trocamos papeis, dia era filha outrora era mãe e assim cuidávamos uma da outra.
Até um excesso tinhamos de preocupação ( come mais, deixa essa louça ai, deita um pouco, descansa).
Sabe zelar ? pois bem era isso zelo.

Ela adoeceu,
e eu entristece, me perdi ...

agora como ficar sem a senhora ??
me diz como ??

não da, não tem mais jeito.
A senhora precisa voltar.
precisa se recuperar,
sabe aquela historia que ramos murcha, mas não morre.
Pois bem Dona Ilda Ramos, a senhora vai levantar, vai andar.
.. mãe fica tranquila, vai da tudo certo e isso vai passar.

ass.
sua filha
KR

Final de janeiro de 2015

...
nem começou o ano,
mas de repente ele ficou com cara de fim...

o que era para ser o comecinho do final de semana,
foi o fim do sábado e domingo.

sem avisar,
sem adivinhar
ou mesmo premeditar
levamos outra rasteira.
Doeu, ai como doeu.

Doeu, assim como tinha doido há 2 anos atras.
Os olhos viam a cena se repetindo
naquele momento parecia até que via o mesmo filme
(dessa vez até mais severa, mais triste, mais rápida)
a doença não aliviou
veio com a mesma dor e doeu.

Minha mãe novamente sendo testada,
e eu me perguntava mas porque dinovo ?
Ela encontra-se acamada ...
Ela que tão linda e livre estava.
Tinha ganho uma segunda chance para viver
e de repente estava ali novamente lutando para vencer.

Parece que estou chapada, alienada, fora de mim.
Meus caquinhos que tinham sido colados tão recentemente,
novamente foram estraçalhados  ...

rezando rezando rezando rezando
rezando rezando rezando rezando
porque assim como foi anteriormente o que homem não pode fazer, Deus pode !
AMEM