sábado, 31 de outubro de 2009

Brito, Bento, Lindo !



ps.: meu super-man, difarçado de gente normal ;-)

Mas ele não é....

sei que não é...


Es ESPECIAL !


TIAMO Paulinho Brito ! Aninha flor, muito amor a vcs !

Laroca Ramos

Minha filhota,

não tem como defini-la !

Faltaria palavras no dicionário para ela !

Tiamo minha biju de ouro ;-)

assinado a madrinha Kaka



Portuguesa


Ela é portuguesa
perdeu pelo caminho
a boemia
o samba
o partido alto
a vitrola arranhada
a saia rodada
os brindes sem fim
Tudo isso
foi deixado pelo pai dela
de graça sem cobrar nada
Como ela não quis
eu peguei tudo para mim ! ;-)
KR ... rsrs.
Betyy Vieira ...amor sem fim !
Misturamos pq misturar é preciso ( já dizia Uribe)

Fotografar


Fico pensando
se fosse apenas uma foto para admirar,
ainda vá
Caso contrário
sem fotos
pare de filmar
pare de registrar
Eu não sou novela Pare de me acompanhar !
KR

Luz

Minhas pilhas são alcalinas, por isso que minha LUZ dura, dura, dura ...
KR

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Espelho

Cuidado,
nem sempre quando me olho
sirvo de exemplo
para você
estou me espelhando
mas é para mim
não é para vc
não quero me exibir
quero só me ver...
KR
not plágio!

Sou puta ou não sou puta??!!!

Eu assisto
uma jovem
de cabelos loiros,liso
alta,
corpo em forma
toda de rosa
roupa bem curta
um vestido rosa
quase nada de roupa
De contrapartida escuto
-puta, sua puta!
mas oras, porque puta?
pq era loira?
alta?
tava de rosa?
ou tava curta?
por que aquela moça era puta?
Ou melhor a pergunta não era essa
a pergunta era : - por que não queriam deixar ela ser puta?
A puta só dá o que é dela
deixa ela
deixa ela ser puta!
KR
Frase q define tudo para mim:
...." Sou puta,ou não sou puta".... teatro Clariô...
Assisto uma jovem
de cabelos loiros, lisos, corpo em forma
perigosa, roupa rosa, curta,
quase nada ela estava vestida

e escuto de contrapartida

Cansei de LeroLero

Um mundo de algemas!
Um mundo de hospícios!
Para que tudo isso???
Liberdade é pouco,
o que eu quero
ainda não tem nome!
KR
...sem paciência para lero-lero...bjo,não me liga!

Taboão das Trevas !

Choveu em Taboão
Quase apagando a claridade do teatro
A lama
continua no chão
e a população?
a pegar seus pedaços no chão.
KR
...depois de 3 horas no trânsito achando que ia morrer...tinham realmente outras pessoas que estavam morrendo pela água, pela ama, pelo desbarrancamento.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Carolina Maria de Jesus

A gente sempre corre da miséria e corri de uma cidade pra outra até chegar em São Paulo.
O problema é que não é fácil despistar a danada, e a miséria me achou aqui também.
CAROLINA MARIA DE JESUS... reliquia....
KR...

Zé Cabeleira

Zé era um homem
que levantava cedo
usava paletó e gravata
todo engomado
tinha um excelente trabalho
Bela casa, carro, quase tudo que tinha era importado
433 coisas para resolver em um dia só
tinha horário para começar
e nunca para respirar
Um dia Zé de tudo isso se cansou
e para a rua ele vazou
Ele queria respirar
queria andar
se soltar
sem camisa ficar
de havainas no pé
e nunca mais um nò na gravata precisar dar
Zé anda de bicicleta a qualquer horário
le seu jornal e revista sem pressa de acabar
e até uma cervejinha Zé hoje tem tempo de tomar
Sempre que o via passar, o admirava e muito respeitava
Pensava; isso sim é vida boa, não a que ele levava
Zé virou não só um morador de rua
virou um morador da vida
vida que ele mesmo criou, coloriu e borrou
Zé me presentou com flores
me restou ficar emocionada
eram secas, mas eram cultivadas
uma das mais belas por mim já avistada
e quando me entregou
observando o adesivo do meu carro Cooperifa
ele alegremente pronunciou :
- olha, vc é uma menina engajada !
PS.:
KR p/ Zé Cabeleira ! sou sua fã ! TIRO O CHAPÉU a sua nova vida criada !

COR

*** a coragem me vem as vezes de leve
as leve violenta
mas ela sempre vem
e isso é o que importa. ***

KR ...

...coragem vem do céus, vem de Deus, vem das nuvens, vem de dentro...dane-se! dane-se, a cor né Gaspar ! tem que ter sim é CORAGEM !

O PlayBoy e A QUEBRADA !

Mas vá,
vai me dizer agora que você não mora por aqui?
Por aqui onde, assim você generaliza, onde?
Aqui no Ibirapuera, Vila Lobos, Vila Madalena?
ra ra ra !
eu ?
não, não.
Moro no Taboão das Trevas !
Na quebrada, sabe ?
Brinca não !
Mentirosa mesmo !
Até parece que com essa cara de gringona você mora lá, tá bom !
Estou dizendo moro lá!
Sabe o centro ?
sei
então não moro lá !
Tem que passa bem o centro, bem mesmoooo
daí chegou
moro no quebrada.
Vou repetir :
que bra da !
é nóis que tá' amigo, relaxa !

PS.: papo de um cara com uma mina, detalhe : a mina que mora na quebrada e o cara não acredita !!! não a conhecia, só a via...e pelo o que olhou, comprou uma idéia que não existia.

Finalizando: Nem tudo que reluz é ouro ! mas quem disse que ouro está ligada a dinheiro ??!!!

Bjo...
KR...para pensar....

a Felicidade alheia...

Engraçado
engraçado
engraçado demais
é engraçado a gente deixar um idiota achar que ele é capaz ...

KR

( OUVIR É OURO...FALAR É PRATA
OBSERVAR NÃO TEM PREÇO)

A luz me guia

' Ser vista
para ser notada
não para ser avaliada
seria legal até ser lembrada
e o mais impotante...ser amada
e só...essa é passagem..a viagem'


MEU INTUITO NÃO É APARECER ... não tenho tempo para isso...
... ando descompromissadamente com olhares alheio...

KR

me viu...

Eu sei que ele me viu
Não importa o tempo em que viu
mas viu

Parou, respirou, olhou e sorriu
ele me viu

Não só me viu
como me sentiu
sem tocar
sem falar
ele viu e sorriu

O tempo até parecia congelar
para aquele momento
a gente pode se olhar
melhor que ver
teria sido se ele viesse me beijar...

KR


( ME VIU)...mas ela também viu...porque não sumiu...e agente se assumiu...e do mundo sucumbiu ... ;-) quarta ...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

COOPERIFA

Para mim a Cooperifa se resume a três palavras:
faca, flecha e martelo.

Explicarei:

faca porque finca direto o peito;
fecha porque entra direto no coração; e
martelo porque não sai da mente.


Um beijo a todos da família.

Vaz...ou Faz...qualquer coincidência seria um mero acaso !

KR

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

QUINTAL

... hoje olhei meu quintal diferente
vi tantas rosas que nunca tinha reparado
senti um gosto jamais provado
um cheirinho aromatizado
e em meus olhos pararam
lágrimas que ficaram meu peito fincando...
Porque não vi tudo isso antes?
era mágico, encantador e gigante
Deveria ter vivido mais no meu quintal
meu tesouro tava no meu quintal e eu nem via ....
Fui buscar arte fora
e não sabia que eu já a tinha ..........................................................



ps.: quantos artistas, quanta arte, quanta beleza, poesia, trabalhos, musicalidade,felicidade e quanta liberdade.... tinha tudo isso no meu quintal e não via...fui buscar arte fora...e arte ali, tão pertinho de mim ...

KR ................ AOS ASTROS QUE NASCERAM EM LUGARES ONDE A ESTRELA NÃO BRILHA...MAS PARA QUE TAMBÉM ESTRELAS....eles por si, fazem brilho sozinhos....artistas da periféria....outro nível, outro nível ..........tiro meu chapéu !!!! beijosssssssssssssssss

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Envenenamento

... a quem envenena
mas para que?
por que?

envenenar é destilar o sabor amargo
de algo contra alguém...

acabo de ser envenenada...

sabor de alguém
que para outro alguém é amargo
um alguém não se contém
e destila o que não tem...

KR .....................................

Vaz

LITERATURA DAS RUAS - SÉRGIO VAZ

A literatura é dama triste que atravessa a rua sem olhar para os pedintes, famintos por conhecimento, que se amontoam nas calçadas frias da senzala moderna chamada periferia. Freqüenta os casarões, bibliotecas inacessíveis ao olho nu e prateleiras de livrarias que crianças não alcançam com os pés descalços.Dentro do livro ou sob o cárcere do privilégio, ela se deita com Victor Hugo, mas não com os Miseráveis. Beija a boca de Dante, mas não desce até o inferno. Faz sexo com Cervantes e ri da cara do Quixote.É triste, mas A rosa do povo não floresce no jardim plantado por Drummond.Quanto a nós, Capitães da areia e amados por Jorge, não restou outra alternativa a não ser criar o nosso próprio espaço para a morada da poesia. Assim nasceu o sarau da Cooperifa.Nasceu da mesma Emergência de Mário Quintana e antes que todos fossem embora pra Passárgada, transformamos o boteco do Zé Batidão num grande centro cultural.Agora, todas às quartas-feiras, guerreiros e guerreiras de todos os lados e de todas as quebradas vem comungar o pão da sabedoria que é repartido em partes iguais, entre velhos e novos poetas sob a benção da comunidade.Professores, metalúrgicos, donas de casa, taxistas, vigilantes, bancários, desempregados, aposentados, mecânicos, estudantes, jornalistas, advogados, entre outros, exercem a sua cidadania através da poesia.Muita gente que nunca havia lido um livro, nunca tinha assistido uma peça de teatro, ou que nunca tinha feito um poema, começou, a partir desse instante, a se interessar por arte e cultura.O sarau da cooperifa é nosso quilombo cultural.A bússola que guia a nossa nau pela selva escura da mediocridade.Somos o grito de um povo que se recusa a andar de cabeça baixa e se prostar de joelhos.Somos O poema sujo de Ferreira Gullar.Somos o Rastilho da pólvora.Somos Um punhado de ossos, de Ivan Junqueira Tecendo a manhã de João Cabral de Melo Neto.Neste instante, neste país cheio de Machados se achando serra elétrica, nós somos a poesia.Essa árvore de raízes profundas, que é regada com a água que o povo lava o rosto depois do trabalho.


Vaz meu muito obrigada !
Me fez achar o que eu tanto procurava " fazer o bem sem ver a quem" PROGRESSOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO....

BJ...KR
luz...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Clariada

"............................O que esta acontecendo?O que você faz com a fome, tem remédio? Onde eu vou achar tanto remédio bom? Minhas asas quem mandou cortar? Capim sabe ler? Hein? E o cachorro? A cachorra? Sou puta ou não sou puta? Parado não é pior? Repartir seu quarto? Pergunta? Cadê meus dentes? Tem esforço mais esforço do que o meu esforço? Ta me ouvindo bem? Já viu amor entre porco? Entre sapo? Entre pombo? Aí diz que o pombo é bonito porque o pombo se empomba, porque o pombo corre atrás da pomba, bom é pombo assado e pronto!O moço ta servido? A moça?...................................."

* estou enxergando cada vez melhor....*

KR

GRUPO CLARIÔ


EU recomendo !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Vão ver...é surreal !!!!
KR

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Macunayma !



... lua enorme, amarelada, bem baixa

estava numa viagem, mas estava parada.

começa um abraço

uma respiração longa

algumas risadas

olhar observador

e de repente: delicia, um beijo !

Me calo e não digo mais nada...só beijo ...............

KR .... RS....RS....RS....

topas ?


Quero levar um vida tranquila ...Bem tranquila

com liberdade e sem frescura

cansei de ficar olhando o passado pelo buraco da fechadura.


Passarei um cadeado nele

jogarei a chave fora,

sem nenhuma probabilidade de procura.


O que se passou e não se vingou

não merece nada de mim e nem meu amor

Agora quero binocolos

quero enxerga longe

voar alto

e de preferencia ficar mais vezes

sem sapato.


Pé no chão, coração aberto, alma elevada

sorriso estampado e quem quiser também curtir esse barato´

será muito bem aconchegado


Só para repetir e ficar bem mais claro


EU QUERO LEVAR UMA VIDA TRANQUILA, COM LBERDADE E SEM FRESCURA !!!!!!!!!!!!!!!!


KR...
ps.: quando menor...escorte conversivel era um sonho ......... já era a tal vida tranquila e sem frescura ..... !!!!!!!!!!!!!!!!!!! Carol ;)

Achaste !


Se vc me viu num brechó

era eu mesma


Se vc me viu a mil na BR

era eu mesma


Se vc me viu deitada na grama

era eu mesma


Se vc me viu com uma taça de vinho na mão

era eu mesma


Se vc me viu de joelhos no chão em oração

era eu mesma


Se vc me viu com o cabelo meio sarara sem pentear

era eu mesma


Mas se vc tentar me procurar e não me achar

Deixe pra lá

as vezes preciso me perder

para me encontrar ....


KR


Trancos e barrancos...


Sou uma menina de brecho, de retalhos

uma mulher de vinhos

uma criança de sonhos

uma muleca de ruao

e uma menina de familia.


Contudo, com tenho

e que não tenho

Dizer que quero morrer: mentiria.

Mas dessa vida louca que levo

eu não trocaria.



KR ...

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Vinicius de Moraes

De manhã escureçoDe dia tardoDe tarde anoiteçoDe noite ardo.

aff...KR mor !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Carina Martini

“Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e comentar, ter o virus da observação ligado ao da vadiagem. Flanar é ir por aí, de manhã, de dia e de noite, meter-se nas rodas da população, admirar o menino da gaitinha ali à esquina, seguir com os garotos....”"O flâneur é o bonhomme possuidor de uma alma igualitária e risonha, falando aos notáveis e aos humildes com doçura, porque de ambos conhece a face misteriosa e cada vez mais se convence da inutilidade da cólera e da necessidade do perdão."
(RIO, João do. A alma encantadora das ruas. Rio de Janeiro: 1907).


Martini...inspiração que em mim transpira...adoro...bjoooo...es luz !!!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

New York Time !!!

... não resisti...tenho q compartilhar com vcs, essa notícia que li ...

Eu me vi um pouco nessa situação...
KR

Rachel L. Swarns e Jodi Kantor em Washington
Em 1850, um idoso da Carolina do Sul pegou a caneta na mão e dolorosamente dividiu suas posses. Entre as rocas, foices, toalhas de mesa e cabeças de gado que ele deixou aos seus herdeiros distantes havia uma escrava de 6 anos, avaliada em US$ 475.No testamento, ela era descrita simplesmente como a "menina negra Melvinia". Após sua morte, ela foi arrancada dos locais e pessoas que conhecia e enviada para a Geórgia. Enquanto ainda era adolescente, um homem branco foi pai de seu primeiro filho, sob circunstâncias perdidas com a passagem do tempo.

Fraser Robinson III posa para a foto com sua mulher, Marian, e os filhos Craig e Michelle, hoje primeira-dama dos EUA, Michelle Obama
Nos anais da escravatura americana, esta história dura não seria digna de nota salvo por uma razão: esta união, consumada dois anos antes da guerra civil, marcou as origens de uma linhagem familiar que se estenderia da Geórgia rural para Birmingham, Alabama, Chicago e, finalmente, até a Casa Branca.Melvinia Shields, a jovem escrava analfabeta, e o homem branco desconhecido que a engravidou são pais do tataravô de Michelle Obama, a primeira-dama.Consideradas por muitos como símbolo poderoso do avanço dos negros, Obama tinha apenas uma vaga noção de seus ancestrais, dizem seus assessores e parentes. Durante a campanha presidencial, a família descobriu um tataravô paterno, um antigo escravo da Carolina do Sul, mas o resto das raízes de Obama continuava desconhecido.A história recém descoberta dos ancestrais maternos de Obama -a mãe escrava, o pai branco e seu filho Dolphus T. Shields- pela primeira vez conecta plenamente a primeira primeira-dama afro-americana à escravidão, traçando sua viagem de cinco gerações dos grilhões para a primeira fileira da presidência. As descobertas -feitas pela genealogista Megan Smolenyak e pelo "New York Times"- substanciam o que Obama chamou de rumores antigos de família sobre um antepassado branco.Enquanto a origem bi-racial do presidente Barack Obama atraiu atenção considerável, o pedigree da sua mulher, que inclui ramos de índios americanos, ressalta a complicada história de miscigenação, algumas vezes nascida de violência ou coerção, existente nas linhas de muitos afro-americanos. Obama e sua família se recusaram a tecer comentários para este artigo, em parte por causa da natureza pessoal do assunto, segundo seus assessores."Ela representa como evoluímos e quem somos", disse Edward Ball, historiador que descobriu que tinha parentes negros -descendentes de seus ancestrais brancos proprietários de escravos- quando pesquisou para seu livro de memórias "Slaves in the Family" (escravos na família)."Não somos tribos separadas de latinos e brancos e negros nos EUA", disse Ball. "Somos misturados há gerações."Os contornos da história da família de Obama saíram de registros de testamentos do século 19, licenças de casamento amareladas, fotografias apagadas e as memórias de idosas que se lembravam da família. Das dezenas de parentes identificados, foi a menina escrava que mais chamou a atenção, disse Smolenyak."De todas as raízes de Michelle, Melvinia estava gritando para ser encontrada", disse ela.Quando seu proprietário, David Patterson, morreu em 1852, Melvinia se viu em uma fazenda de 80 alqueires com novos patrões, a filha e o genro de Patterson, Christianne e Henry Shields. Era um mundo estranho e pouco familiar.Na Carolina do Sul, ela morava em uma terra com 21 escravos. Na Geórgia, era uma de apenas três escravos na propriedade, que atualmente faz parte de uma subdivisão na cidade de Rex, perto de Atlanta.Se Melvinia trabalhava dentro da casa ou nos campos, não faltava de trabalho: trigo, milho, batata doce e algodão para plantar e colher, três cavalos, cinco vacas, 17 porcos e 20 carneiros para cuidar, de acordo com uma pesquisa de 1860.É difícil dizer quem pode ter engravidado Melvinia, que deu a luz a Dolphus em torno de 1859, com cerca de 15 anos. Na época, Henry Shields estava com quase 50 anos e tinha quatro filhos de 19 a 24 anos, mas outros homens talvez também passassem tempo na fazenda."Ninguém ficaria surpreso em saber do alto número de estupros e da exploração sexual que ocorria na escravidão; era uma experiência diária. Contudo, descobrimos que alguns desses relacionamentos eram muito complexos", disse Jason A. Gillmer, professor de direito da Universidade Wesleyan no Texas, que pesquisou as ligações entre proprietários de escravos e escravos.

Casa de Dolphus Shields, em Birmingham, no Alabama. A árvore genealógica da família de Obama destaca a complicada mistura racial entre muitos americanos com origem africana
Em 1870, três dos quatro filhos de Melvinia, inclusive Dolphus, foram listados no censo como mulatos. Um nasceu quatro anos após a emancipação, sugerindo que a ligação que produziu esses filhos continuou após a escravidão. Ela deu aos seus filhos o nome de Shields, talvez sugerindo sua paternidade ou simplesmente pelo costume de ex-escravos de adotarem o nome de seus patrões.Mesmo após ter sido libertada, Melvinia continuou no local, trabalhando na fazenda adjacente à de Charles Shields, um dos filhos de Henry.Mas em algum momento de seus 30 ou 40 anos, Melvinia conseguiu partir e se reunir com ex-escravos de sua infância na fazenda de Patterson: Mariah e Bolus Easley, que se estabeleceram em Bartow Country com Melvinia, perto da fronteira do Alabama. Dolphus se casou com uma das filhas de Easley, Alice, que é tataravó de Michelle Obama.Uma comunidade "despedaçada, de alguma forma, estava se reunindo", disse Smolenyak do grupo em Bartow County.Melvinia parece ter vivido com o legado não resolvido de sua infância em escravidão. Seu certificado de óbito de 1938 assinado por um parente diz "não sei" no espaço para os nomes dos pais, sugerindo que Melvinia talvez nunca tenha sabido.Em algum momento antes de 1888, Dolphus e Alice Shields continuaram a migração, dirigindo-se para Birmingham, uma cidade com linha de trem, ferro, minas e fábricas, que atraía ex-escravos e seus filhos do Sul.Dolphus Shields tinha 30 e poucos anos e pele muito clara -alguns diziam que parecia branco- era carpinteiro, sabia ler e escrever, frequentava a igreja e progredia em uma cidade que se industrializava. Em 1900, ele era proprietário de sua casa, segundo o censo. Em 1911, ele abriu sua própria marcenaria e empresa de afiar ferramentas.Ele foi co-fundador da Igreja Batista Trinity, foi ativo no movimento de direitos civis, supervisionava escolas dominicais na Trinity e na First Ebenezer, que ainda existem hoje, e na Igreja Bastista Missionária Regular."Foi reitor dos diáconos em Birmingham. Era um homem sério, era um executivo", disse Helen Heath, 88, que frequentava a mesma igreja.Sua família ingressou na classe trabalhadora, morando em um bairro segregado de negros em dificuldades, proprietários ou locatários. Em sua casa, não se podia fumar, praguejar, mascar chiclete, usar batom ou calças para as mulheres e absolutamente não se podia ouvir blues no rádio, que ele reservava para os cânticos de igreja, lembra-se Bobbie Holt, 73, que foi criada pelos Shields e sua quarta esposa, Lucy. Ela disse que a família ia à igreja "todas as noites da semana, parecia".Ele carregava mentas para as crianças do bairro, disse Holt, e contava histórias engraçadas sobre suas aventuras de menino. Mas a família passava por dificuldades. Sua primeira mulher, Alice Easley Shields, mudou-se depois que eles se separaram, trabalhando como costureira e empregada doméstica e dois de seus filhos tiveram problemas.Robert Lee Shields, um inventor cujas patentes para melhorar as operações de lavagem a seco estão na biblioteca de Birmingham, terminou trabalhando como rapaz de manutenção, disse Holt.Dolphus Shields não falava de suas origens."Chegamos a um ponto no qual não queríamos que ninguém soubesse que conhecemos escravos; as pessoas não queriam falar sobre isso", disse Heath, que assumiu que ele tinha parentes brancos porque a cor de sua pele e a textura de seu cabelo "diziam que era quase branco".Em uma época em que negros se desesperavam com a intransigência e a violência dos brancos que os proibiam de votar, os excluíam da maior parte dos trabalhos, dos restaurantes e de terem propriedades em bairros brancos, Dolphus Shields servia como raro elo entre as comunidades profundamente divididas.Sua marcenaria ficava na parte branca da cidade e ele se misturava facilmente e frequentemente com brancos. "Eles vinham à sua loja, sentavam e conversavam", disse Holt.Dolphus Shields acreditava que as relações raciais iam melhorar. "Algum dia vai melhorar", dizia, conta Holt.Quando morreu aos 91 anos, em 1950, a mudança estava a caminho.No dia 9 de junho de 1959, quando seu obituário apareceu na página da frente do "Birmingham World", o jornal negro também dizia "Tribunal Proíbe Segregação em Lanchonetes e em Educação Superior". A Suprema Corte tinha proibido acomodações separadas em vagões de trem e em universidades no Texas e Oklahoma.No norte, seu neto, um pintor chamado Purnell Shields, avô de Obama, estava buscando maiores oportunidades em Chicago com sua família.Na medida em que avançaram, os descendentes perderam contato com o passado. Hoje, Dolphus Shields está em um cemitério negro negligenciado, onde o gramado cresce na altura do joelho e muitos túmulos estão destruídos.Holt, assistente de enfermagem aposentada, disse que ele apareceu para ela em um sonho no mês passado. Ela procurou a fotografia dele, jamais imaginando que logo ia descobrir que Dolphus Shields era tataravô da primeira dama."Meu Deus", disse Holt, ao saber da notícia. "Sempre o admirei, mas nunca teria imaginado algo assim. Benza a Deus, progredimos muito."Tradução: Deborah Weinberg

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

José

Noite fria de São PauloEsquina João Moura com Gabriele lá tinha um José.
Fazia frio, muito frio...Na verdade deviam chama-lo de Zémas eu prefiro chamar de Sr. JoséEle perdeu seus sonhos, suas aspiraçõessuas imaginações, seu sorriso,seu respeitona verdade ele também se perdeu.Naquela noiteele não queria se encontrarestava em outra dimensão dificil de acessartudo o que percebi é que ele queriaum cigarropara que seu frio pudesse passar...Sr. José a ninguém iria roubarmas as moças que ali passavamcomeçaram se apressarO Seu Zé também não cessou,e seus passos alargou
Até engraçado ele achouchegando bem perto das moçasque em qualquer lugar parou
Nenhum assalto Seu Zé realizouNotei que algum tiro disparouTiro que causava dorNão foi o Zé quem baleouo tiro tinha pego direto em meu peito
Morri um pouco ali, com tudo que assisti
Ele era um Zé e daí ??
Eeee daíiiiiii ???
Ninguém o olhava, o respeitava,
Só o rejeitavam
Marginal, animal, eu custei acreditar
Mas a cena que vi era real.as moças estavam ilesasseu Zé só queria um cigarro,
E assim ele pediu e conseguiu.
De tanta felicidade como Charles Chapplin,
Dançando na chuva, ele saiu.
O meu último suspiro não me lembro bemSó sei que com muito amor pela vida do Sr. Zé eu clamei.



KR

" TEMOS QUE FECHAR AS PORTAS, PASSA A CHAVE..." aff, escutar isso me matou ainda mais....fechar as portas,mas será que também temos que fechar o coração....????
....mais AMOR mundão, mais amor !!!!!!!!!!!!!!!!!!

----- Empréstmo !!!

*** Tenho bastante lápis de cor, e empresto a quem quizer para pintar a vida... Mas não borrem a minha! ***


... vai colorir ...


KR