quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A louca


Me contaram que ela é doida

doida varrida

doida de pedra

vivia toda colorida

a todos sorria

e com a língua afiada

assim como a fé amolada

a louca vivia.


Ela não rimava

nem prosa fazia

usava alfazema

perfumada de noite e de dia


Louca igual

jamais se via

mas ninguém se atrevia

ficar longe da louca

nem se quer por um dia.


Pois era ela, a louca,

que iluminava os que se achavam normais

e dela sempre riam....


KR

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